Doentes ocupacionais são um grande problema para empresas que acabam recebendo muitos atestados, o que prejudica a produtividade e também é uma preocupação do Ministério do Trabalho e Previdência que tem visto muitos encostamentos e aposentadorias por doenças aumentando cada vez mais.
Mas hoje, além destas doenças é percebido também um aumento de casos de doenças crônicas que levam às mesmas consequências que as doenças ocupacionais, e neste momento é importante olhar para elas também.
Desta forma, se preocupar com as doenças crônicas tanto quanto as doenças ocupacionais passam a fazer parte da segurança no trabalho, e devem ser pensadas da mesma maneira como os acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais. Ou seja, deve-se atentar a prevenção, controle, acompanhamento entre outros fatores, o que requer um gerenciamento especial. Vamos entender mais sobre este tema neste artigo, confira.
O que são doenças crônicas?
Doenças crônicas, também chamadas de DCNT, são doenças de progressão lenta e longa, muitas delas duram até o fim da vida, e pessoas acometidos destes problemas são cada vez mais, elas ultrapassam os índices de doenças infecciosas, segundo a OMS, atinge cerca de 52% da população adulta.
Dentre as causas existem diversos fatores, como estilo de vida e da sociedade, entre outros. Já entre as doenças mais conhecidas desta categoria estão: diabetes, hipertensão e outros relacionados ao sedentarismo e má alimentação, também problemas mentais como depressão, e outras ainda mais graves como o câncer.
Quais os efeitos das doenças crônicas na empresa?
Os colaboradores que possuem doenças crônicas, quando essas enfermidades não estão controladas, podem apresentar menor rendimento, além de mais faltas por atestados ou afastamentos. Enquanto trabalham doentes diminuem muito a sua motivação, prejudicando o ambiente de trabalho e em alguns casos agravando mais doenças pré-existentes.
As doenças crônicas possuem tratamentos e controle, mudando alguns hábitos, fazendo tratamentos terapêuticos, mantendo seus remédios em dia entre outros é possível em alguns casos não só evitar o avanço da doença como também regredir a sua ação.
Por que é importante que as empresas acompanhem os casos de doenças crônicas?
As DCNTs seguem uma tendência de crescimento, assim pensando em colaboradores com uma melhor qualidade de vida, é importante que as empresas façam o gerenciamento das doenças crônicas, não apenas controlando os já doentes, como adotando medidas de incentivos à prevenção destas doenças, por exemplo, adquirir hábitos mais saudáveis.
Como fazer o gerenciamento de doenças crônicas?
As doenças crônicas são muitas e apresentam entre elas diversas causas, algumas podem ser devido a estresse, outras relacionadas ao sedentarismo, hábitos de alimentação e consumo de álcool podem estar entre outros motivos.
Desta forma é difícil identificar as estratégias certas para propiciar uma melhora efetiva na saúde, assim é preciso mensurar os fatores que ocorrem na empresa e analisar quais as doenças crônicas mais propensas a serem desenvolvidas, e a partir daí criar um programa de prevenção e controle para estas DCNTs.
Além de fatores, analisar também quais as doenças crônicas já estão entre os colaboradores, para ajudar no controle, prevenção para os demais colaboradores e até mesmo encontrar planos de saúde que melhor possam atender estes funcionários.
Novos exames de PCMSO
Também manter controle sobre as doenças crônicas que, porventura, os colaboradores possam ser portadores.
Ou seja, os exames simples relacionados somente às atividades do colaborador já não bastam mais. É importante que as empresas mantenham o controle das doenças crônicas, mesmo que elas não sejam relacionadas ao trabalho.
Estas informações precisam ser registradas pelo médico do trabalho, e avaliado anualmente, e documentado através de um relatório analítico, que deve ser apresentado para entender se a doença crônica, mesmo sem estar relacionado ao trabalho, teve evolução, regressão ou está controlada.
A importância do controle de doenças crônicas
Isso é muito importante para a empresa, pois o trabalhador pode estar sendo afetado não por uma situação identificada no trabalho, mas por sua condição devida a portar uma doença crônica, e como resultado causando uma baixa em sua produtividade.
Sendo assim a melhora na qualidade de vida e controle destas doenças crônicas de maneira indireta aumenta a produtividade. Por isso este controle é relevante para a empresa, e ela, portanto, deve fazer este gerenciamento de maneira contínua e não somente em eventos como a SIPAT, por exemplo. Esta continuidade faz parte da exigência na nova NR7.
Quais os benefícios do programa de gerenciamento de doenças crônicas?
Investir no programa de gerenciamento de doenças crônicas na empresa, além de ser obrigatório conforme a nova NR7, também é beneficial as empresas:
- Com funcionários mais saudáveis, eles estão mais preparados para render mais, assim aumenta a produtividade.
- Custos com assiduidade, e planos de saúde diminuem.
- Aumento da qualidade de vida dos funcionários é resultante em um melhor ambiente organizacional.
- Estilo de vida dos funcionários é alterado para um modelo voltado para a prevenção de doenças crônicas.
Saúde e bem-estar devem estar integrados às políticas da empresa
Para que tudo ocorra da maneira que se espera, a política da empresa precisa se adequar, trabalhando continuamente para o controle de doenças crônicas, assim precisa, além de manter o controle, treinar seus líderes para motivar os colaboradores a buscarem mais qualidade de vida.
Por exemplo, a pausa para um teleatendimento, ou um exercício de respiração, não pode ser vista com maus olhos pelos liderantes, visto que a melhora na saúde deste colaborador também contribui positivamente para uma maior produtividade, ainda que ele perca cinco minutos em um certo dia, pois controlando a saúde, estará mais motivado, rendendo mais, e evitando maiores perdas de tempo como os atestados ou encostamentos.
O que é necessário para gerenciar doenças crônicas na empresa?
Um gerenciamento de doenças crônicas na empresa possui além do médico outros profissionais envolvidos como, por exemplo, assistentes sociais, psicólogos, enfermeiros, fisioterapeutas e outros a depender de cada situação encontrada.
Desta forma, um auxílio de uma empresa qualificada que entenda tanto de saúde como das regras de segurança no trabalho é fundamental, como a Sanare, que além de disponibilizar de uma clínica especializada para exames do PCMSO, também oferece consultoria da área de segurança no trabalho.