A colaboração do EPI para a segurança ocupacional é óbvia. Isso porque a utilização de Equipamentos de Proteção Individual é a linha final de defesa da saúde e do bem-estar dos funcionários.
Daí vem a demanda dessa ação, sempre que outras iniciativas de Segurança e Saúde do Trabalho se demonstraram incapazes para prevenir acidentes e patologias laborativas, que acontecem em diferentes locais de trabalho, desde manufaturas a laboratórios.
Neste post, abordamos a finalidade, as regras e conselhos para a adequada seleção dos EPIs, efetuada em conformidade com os riscos trabalhistas encontrados nas corporações.
Conhecendo o EPI: qual o seu papel na proteção do trabalhador?
O EPI em Segurança do Trabalho denota os itens destinados a eliminar a exposição laboral ou reduzi-la a um nível aceitável.
Como a denominação indica, esses equipamentos são de utilização individual e devem ser adaptados às particularidades de cada funcionário.
A conceitualização central de EPI está contida na Norma Regulamentadora de número 6 do Ministério do Trabalho e Previdência Social, que traz como EPI todo equipamento de utilização individual usado pelo colaborador, à proteção contra perigos que possam comprometer sua integridade e saúde no local de trabalho.
Luvas, máscaras, capacetes, protetores solares e sapatos de segurança são modelos de equipamentos de uso individual voltados à proteção dos trabalhadores.
Todavia, só pode ser tido como EPI se tiver um selo emitido pelo Ministério do Trabalho, conhecido como Certificado de Aprovação ou CA.
Aqui você conhecerá tudo o que precisa sobre o assunto. Não se preocupe!
Agora, basta falarmos que esse selo assegura a eficiência dos equipamentos de proteção individual, uma vez que foram verificados em testes laboratoriais.
Como o EPI pode garantir a segurança do trabalhador?
Na introdução deste post comentamos que o EPI adiciona uma linha final à segurança do colaborador.
Isso indica que a utilização do equipamento não pode ser a única ação de Segurança e Saúde do Trabalho, mas deve integrar o conjunto de atividades do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR).
Nesta circunstância, o equipamento integra medidas mais abrangentes que visam eliminar os riscos laborais sempre que possível e segurança dos profissionais.
Um exemplo dessas ações é a indicação de segurança, que denota acerca de lugares perigosos e impede o acesso de colaboradores não autorizados.
Quando for demandado adentrar nestes locais, o funcionário deve ter o apoio dos Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) e EPIs, além da supervisão de um companheiro para que possa ser socorrido caso ocorra um acidente.
Veja abaixo as 3 cooperações do equipamento para a proteção no ambiente de trabalho.
1. Reduzir o risco de acidentes
Um acidente de trabalho é um evento que coloca em risco a segurança ou a vida de um funcionário com uma grande chance de ser gravemente ferido.
Lamentavelmente, tais eventos ainda são registrados em grande número no país, onde somaram mais de quinhentos e setenta e um mil apenas no ano de 2021.
Durante o período foram aproximadamente duas mil e quinhentas mortes no trabalho, um aumento de trinta por cento em relação a 2020.
Isso indica um problema já bem velho, pois o Brasil registrou quase vinte e três mil óbitos associados ao trabalho entre os anos de 2012 e 2021.
Os dados chocantes vêm do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, mecanismo instituído pelo Ministério do Trabalho (MPT) em conjunto com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
A condição pode ser melhorada com a conscientização acerca da pertinência dos equipamentos de proteção individual, que podem reduzir os riscos de acidentes de trabalho.
Por exemplo, itens para atuação em altura evitam quedas letais.
2. Diminuir os impactos dos incidentes na saúde dos colaboradores
Além da prevenção de acidentes, muitos dispositivos de EPI podem ajudar a reduzir a gravidade dos ferimentos causados por acidentes de trabalho.
Isso se aplica aos capacetes, por exemplo, que garantem proteção à cabeça dos trabalhadores da queda de itens de locais altos.
Portanto, em vez de ser atingido por um forte impacto, o funcionário pode sofrer ferimentos mais leves.
3. Reduz a exposição a riscos ocupacionais
Além de prevenir acidentes, vários modelos de EPIs atenuam a exposição a fatores do ambiente.
Eles podem estar atrás dos perigos químicos, biológicos e físicos que podem provocar doenças laborais.
Isso é especialmente verídico no caso, por exemplo, da exposição crônica que leva à perda auditiva contínua causada pelo ruído.
Nesse cenário, o uso de protetores auriculares reduz o ruído durante o contato com o trabalhador, retendo a perda da audição.
Enquanto o respirador filtra poeira mineral, como amianto e sílica, retarda o seu acúmulo nos pulmões e o surgimento de patologias como a pneumonia.
As consequências podem não aparecer caso a exposição seja mínima ao patógeno.
EPI nas diretrizes de Segurança do Trabalho
O EPI é essencial em locais que representem um risco para os funcionários. Consequentemente, a legislação trabalhista nacional os prevê.
O início pelos artigos 166º e 167º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que dispõem sobre a necessidade da organização oferecer aos seus colaboradores os EPI ‘s grátis de acordo com os riscos aos quais estes estão expostos e em ótimo estado.
Outras diretrizes notáveis incluem a NR-6 e determinações técnicas feitas por organizações como a Fundacentro e a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
NR-6
A NR-06 foi instituída para regulamentar o registro, a comercialização e o uso de EPI e estabelece os requisitos da CLT para os equipamentos.
Este documento determina as responsabilidades de empregadores, trabalhadores, produtores dos equipamentos e do Ministério do Trabalho responsável pela fiscalização.
Como determinar os EPIs obrigatórios para a sua empresa?
A determinação dos equipamentos de proteção individual deve ser baseada nos perigos laborais existentes na companhia.
Por lei este trabalho é confiado a técnicos do SESMT, próprios ou terceirizados.
Também devem ser ouvidos os integrantes da CIPA, bem como os empregados que queiram denunciar eventuais exposições laborais.
Abaixo, apresentamos um breve guia para a escolha do EPI adequado.
Inicie com o mapeamento das ameaças
Antes de refletir sobre a seleção do EPI, é preciso entender os perigos existentes no ambiente de trabalho para tomar medidas que eliminem ou reduzam a exposição ocupacional.
Os perigos podem ser químicos, biológicos, físicos, ergonômicos ou acidentais (mecânicos).
Devem ser identificados e reduzidos, compreendendo a utilização de EPI somente quando necessário para ampliar os níveis de segurança.
Definir as limitações de exposição
Onde existem ameaças do ambiente, eles deverão ser identificados, estimados e limitados com a assistência de um higienista laboral.
A depender do patógeno deve haver uma mensuração qualitativa, considerando os dados de referência como o limite de tolerância da NR-15.
Ou os Limites de Exposição Ocupacional (LEO) definidos pela ACGIH.
Esses índices estabelecem um nível aceitável de exposição laboral e auxiliam na escolha do equipamento de proteção adequado.
Verifique a listagem de equipamentos de proteção individual NR-06.
Com a indicação de ameaças e avaliações do ambiente em mãos, é o momento de verificar a NR-06 para saber quais dispositivos garantirão a segurança que seus funcionários precisam.
O SESMT, Segurança e Saúde do Trabalho ou Recursos Humanos poderão pedir uma verba para a aquisição de EPI.
Verifique se os equipamentos possuem um CA válido
Os CAs são essenciais para assegurar a proteção dos dispositivos. Consequentemente, não se esqueça de verificar a validade.
Determine a qualidade e o conforto
Por último, é pertinente selecionar os equipamentos que se adequam aos funcionários, de modo que não impeça sua movimentação, visão e diversas ocorrências desconfortáveis.
Lembre-se de verificar a qualidade dos equipamentos.
Nós da Sanare podemos te ajudar
Garantir a saúde e a integridade do seu colaborador é uma obrigação da sua empresa, sendo sua responsabilidade o atendimento a todas as normas pertinentes à atividade realizada.
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