A partir de 2022 Burnout passará a ser doença do trabalho

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Burnout, doença do trabalho segundo nova determinação da Organização Mundial da Saúde, a OMS. A organização mudou a classificação geral do quadro clínico, pela nova classificação dada pela organização internacional a síndrome, que se classifica como crônica, ela se torna uma doença ocupacional, ou seja, está diretamente relacionada ao trabalho.

Conhecendo Burnout

A Síndrome de Burnout consiste no mais elevado nível de estresse que um profissional pode chegar no seu ambiente de trabalho. É na prática um distúrbio psíquico que envolve um esgotamento físico e também mental, além disso, está diretamente relacionado a um estado depressivo do indivíduo.

Dessa forma, uma rotina exaustivamente estressante a qual o profissional está exposto, que gere nele a sensação de esgotamento e também sufoco são alguns dos sintomas que podem desencadear o transtorno.

Dados da Organização Mundial da Saúde

De acordo com dados divulgados pela OMS em 2019, o Brasil é o país com o maior número de pessoas com ansiedade, se comparado a outros países. São mais de dezoito milhões e meio de brasileiros que sofrem com algum transtorno de ansiedade.

Conforme dados do Isma-BR setenta e dois por cento dos brasileiros que estão no mercado de trabalho possuem alguma sequela relacionada ao estresse e a ansiedade. Desse total, trinta e dois por cento teriam Burnout, e especialmente dessas pessoas, noventa e dois por cento continuariam trabalhando.

Papel da empresa

Quais são as medidas que a empresa deve tomar para que os seus colaboradores não façam parte desses dados? Mais do que conhecer a Burnout, doença do trabalho, é preciso adotar medidas para evitar o esgotamento profissional e para isso é preciso considerar que a saúde ocupacional consiste em uma área multidisciplinar que envolve diferentes áreas.

Essas áreas devem atuar de modo a garantir que o bem-estar do trabalhador seja preservado dentro da empresa, em todos os seus estágios. Para isso, é fundamental que doenças sejam elas físicas ou emocionais sejam vistas e sobretudo tratadas com seriedade pela equipe gestora.

Pensar a saúde ocupacional, a saúde do trabalhador e o seu bem-estar é pensar na rotina de trabalho do colaborador e a exposição a qual ele está diariamente sendo colocado.

Valorização é palavra chave

Além de oferecer um bom salário, o trabalhador precisa se sentir plenamente valorizado em seu ambiente de trabalho. A questão do bom salário é importante e motiva o colaborador, mas é preciso que esteja associado a um bom ambiente de trabalho, um ambiente saudável.

É necessário nesse caso que a empresa possua um departamento de Recursos Humanos aliado aos trabalhadores para além das tratativas diárias que são necessárias e rotineiras.

Colaboradores que se sentem valorizados de maneira verdadeira no seu ambiente de trabalho são colaboradores que tendem a produzir mais também. Todos saem ganhando nessa cadeia, a sensação de felicidade no ambiente de trabalho está diretamente ligada ao empoderamento do trabalhador.

Como impedir a Síndrome de Burnout na empresa?

Uma das melhores ações consiste em medidas que mostrem que a empresa está de fato preocupada com a saúde do colaborador. Essas ações devem ser constantes e devem mostrar empatia assim como preocupação para com o estado físico e mental com trabalhador.

Além de oferecer um bom salário e benefícios, é interessante que a empresa realize e ofereça ações de bem-estar, saúde e promoção de mais qualidade de vida.

Vale mencionar igualmente que ter uma política de valorização do trabalhador consiste em entender as necessidades de cada colaborador com base em seu perfil, assim como planejar e executar ações que tornem o ambiente de trabalho ideal.

Uma importante dica é evitar as padronizações, cada colaborador é único e como tal apresenta suas necessidades e características.

Reforçando a informação de que um colaborador feliz produz mais e melhor, o que é bom para a empresa, além de para o próprio colaborador, a universidade norte-americana de Warwick em estudo recentemente publicado afirmou que trabalhadores felizes em seus respectivos ambientes de trabalho produzem cerca de doze por cento mais do que trabalhadores que se encontram infelizes.

Segundo a Great Place to Work, sessenta e sete por cento dos trabalhadores entrevistados se sentem mais motivados a trabalhar melhor em um ambiente que investe em um ambiente de trabalho saudável.

Saúde ocupacional deve ser prioridade

Funcionários satisfeitos em um ambiente de trabalho produzem mais. Mas além disso, pedem menos demissão, reduzindo os custos relacionados ao processo e consequentemente o turnover. Também se reduz igualmente os gastos e esforços do departamento de Recursos Humanos para o treinamento de um novo colaborador que será inserido no lugar daquele que pediu demissão.

Mesmo que a Síndrome de Burnout represente o mais elevado nível de estresse que um profissional pode estar exposto, ele pode ainda assim continuar trabalhando, seja por medo do desemprego ou outros motivos que o mantém no emprego, mas insatisfeito pode cometer falhas que o leve ao afastamento.

Plano de carreira e valorização, assim como medidas que promovam mais saúde, bem-estar e qualidade de vida, dentro e fora da empresa são fundamentais.

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